Ollhando O Rio
Olhando o Rio
Do Castelo, o Tejo contemplava
E não sendo o poeta desamparado,
Das ameias contemplava
A branda água e a ela não se queixava,
Do que não há muito lhe fora usurpado!
Não se encobre o sentimento.
Olhando o rio discorria,
Sorrindo e chorando no momento
À alma as lágrimas eram o alimento,
Que do alto por vezes lhe sorria!
Na noite as estrelas cintilavam.
No murmurar da água que no rio corria,
Os astros se espelhavam
E as ninfas do Tejo bradavam,
Incentivos ao poeta que versos escrevia!
A Musa que o poeta acompanha
Das calmas águas do rio emergia,
Ao longo desta modesta façanha
Na mostra da beleza que o rio banha,
Revelando a sua enorme magia!
Saudade do suave e brando Tejo
Dos pescadores no rio pescando,
Da farta pescaria que era seu desejo
Este o tempo que agora invejo,
E com ele me contento, sonhando!
Casmil, 15.10.2021