O Pós não é novamente

O Meu nome não o dizem.

Minhas mãos, tocar não querem.

Fazem as mesmas coisas

Mas o mesmo de sempre

é o espanto de nunca

Termos visto de tão perto

O que nos mantinha tão longe.

O medo faz doer as pernas

Em centímetros de lento caminhar.

Sem poder tirar a máscara

Com as máscaras de sempre

Incrustadas no corpo:

Estranho copo de

prazeres esvaziados.

Queremos um mundo novo

mas os donos dos cimentos:

Querem soterrar corpos

E perseguir ouros Improváveis.

O medo de morrer

o quero matar

Com sorriso na fronte.

No front a escassez

nos escava:

A fome fala

Amontoar riquezas é

cavar valas.

Juntar as mãos

Sem tocá-las

é o desafio circular

Que nos alargará os olhos.

A esperança não será esperada:

Dividir o presente

Será não morrer

Para sempre.

Julio Urrutiaga Almada
Enviado por Julio Urrutiaga Almada em 20/10/2021
Código do texto: T7367712
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.