Lótus no tempo

Neste poema quieto

De breves sussurros

Sonhei que levava palavras

Nas mãos e olhos

Nas raízes e nervos

O surreal germina

Na passagem propícia

E na invisível flâmula

Os caminhos se distinguem

Pairando no nada

Inconstantes e quebradiços

Como fragmentos momentâneos

A noite fala sozinha

Lembranças morrem e renascem

Um temporal de pensamentos

Esvai na flor do tempo

Vejo lótus na tempestade

E no relógio do vazio

Onde os ventos se batem

E esquecemos o som do céu

Matheus Toniolo
Enviado por Matheus Toniolo em 28/10/2021
Código do texto: T7373628
Classificação de conteúdo: seguro