Décima prateleira à direita.
Meus olhos escaparam de minha face,
Minha boca subiu pelas paredes,
Meu nariz parou de respirar o oxigênio velho e pesado.
Coitado! Meus ouvidos, seus tímpanos estão vencidos.
Meus braços engessados, e minhas pernas amputadas...
Alguns miseráveis puseram meu coração na geladeira de baixo...
Do que resto do meu cérebro, os pombos se alimentam...
O que restou de mim, é encontrado na décima prateleira do segundo andar,
Primeira a direita,
Sempre esperei por mãos claras e ingênuas podia ser as suas,
mas só encontro o tempo passar, e a poeira chegar.