Desenlace
Não sou mais capricho.
Grilhões já não vejo
Em pés alheios;
De escravos do comicho.
Capricho já não sou;
Cupins de minhas luzes
Vão para longe,
Fazendo outros vôos.
Ainda brilho;
Apatia que balança
Em teto colorido.
Trocadilho;
Dono de fala mansa;
Mas raramente ouvido.
O caprichoso está livre
E assim me liberta
De sua espera;
De meus dias tristes;
Quando de novidades
Eu estiver morto,
Caminhando torto
Pelas noites da cidade.