Caminho das Pedras

Não há cabeça no corpo

O tempo,

O momento

é de juntar os pedaços.

Atrás da porta há um silêncio

Há um vago imenso no meio do peito...

Como se não houvesse jeito

De mediar a dor.

Os olhos parados

Fixos, ocultados na solidão das noites

Lembram você.

Acontece, que não há movimento

Pois que a alma está em tormento,

E da boca não se sabe bem o que dizer.

O amor é um presságio num futuro incerto

O medo é um segredo perplexo numa inconstância situacional.

Sobre tudo, o gosto amargo da perda, da falta que você me faz.

Ah!...É como um pedaço dilascerado,

É como ninguém mais no mundo,

É você num abismo profundo.

Se é pecado não ousar, melhor parir a morte.

Pois de toda a sorte, na ignorância da decisão,

Há um silêncio... a liberdade das soluções.

Alberto Amoêdo
Enviado por Alberto Amoêdo em 15/11/2007
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