Caminho das Pedras
Não há cabeça no corpo
O tempo,
O momento
é de juntar os pedaços.
Atrás da porta há um silêncio
Há um vago imenso no meio do peito...
Como se não houvesse jeito
De mediar a dor.
Os olhos parados
Fixos, ocultados na solidão das noites
Lembram você.
Acontece, que não há movimento
Pois que a alma está em tormento,
E da boca não se sabe bem o que dizer.
O amor é um presságio num futuro incerto
O medo é um segredo perplexo numa inconstância situacional.
Sobre tudo, o gosto amargo da perda, da falta que você me faz.
Ah!...É como um pedaço dilascerado,
É como ninguém mais no mundo,
É você num abismo profundo.
Se é pecado não ousar, melhor parir a morte.
Pois de toda a sorte, na ignorância da decisão,
Há um silêncio... a liberdade das soluções.