Os bares da vida.

"Os bares da vida, as biroscas

Os restaurantes

São refúgios de amantes,

De poetas e de muito mais!

É a UTI de quem padece de amores

De quem já não recebe flores

Do tanto fez, tanto faz.

Recanto de amizades

De driblar a solidão

De solfejar a canção

Que relembra o amor perdido

Do coração partido

Da saudade do indigente,

Não se enxergas os diferentes

Como sendo desiguais.

Berço da democracia,

Onde todos são ouvidos

Onde os desiludidos reacendem esperanças

Os velhos viram crianças

Perseguem a eternidade

Pregam a justiça, a paz

Tentam consertar o mundo,

Lá ninguém é vagabundo

Se nada fez ou nada faz.

Não há distinção do importante,

Do fútil

Do necessário, do útil.

Tudo é primordial!

Mas sempre sobra pro dono

Ser fiel, ser consultor

Ser confidente, doutor

PHD em assuntos vários,

Sorrir em assuntos hilários,

Ficar triste na hora certa,

Cobrar a conta correta

O erro não é perdoado.

Tem que estar desocupado

Pra atender prontamente

Satisfazer o cliente!

Procedimento normal.

E, sem estar escrito em lei:

Todo cliente é rei

Nesse reinado irreal."

Esta poesia é de autoria de Celso Cruz. Poeta, repentista e PHD em botequim. Pratica o ofício em Natal. Isto não é um plágio. É uma homenagem ao amigo.

Luiz Lauschner
Enviado por Luiz Lauschner em 15/11/2007
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