No leito do rio seco

cantam as pedras

rochas ancestrais

dormem ao relento dos meus sonhos

 e me dizem do velho poeta que um 

dia fotografou o silencio

Ensina-me à beira do rio

a guardar meu chapeu de orvalho

sento com ele a beira da folha

e a velha arvore nos completa de nós

Ouço_lhe a  inquietude do amanhecer

carregando a fera entre folhas pintadas

O barro queimado de anjos

ele me fotografa o respiro