Toque na luz frouxa

Estrias nas paredes

O céu tá rasgando

Cafe com leite na caneca

Que estampa o macaco louco

Cafeína e torpor

Enquanto leio ‘’sobre o amor’’

De um velho pilantra

Partindo gravetos de tarde

Vendo filmes velhos

Contos da cripta

Cadeiras elétricas

Mortos estaticos

Sociedade mortífera

Aquela coisa de um louco fugindo

Um homem que nunca morre

Você pagaria pra ver isso?

Já é o além-túmulo

Dependendo do ponto de vida

Ou da onde fica

Sua catacumba

Mais partes da leitura de um híbrido

Shelley e Ito

Monstro e Victor

Geladeira diz

Quase nada

E todo ruflo

Não me diz muita coisa

Penso num escrito

Nem é meu

As vezes também não te ocorre?

Nem esculto

Vejo a letra

A coisa roda

Eu intercedo

A geladeira ainda não fala

Acho que meu país

Enfim entrou em casa

Receita simples

Pro minhojo no fundo do armário

Não é Nissin

Mas quebra o galho

Manteiga e leite

Uma maneira nova

Não peguei no tempo contínuo

Então fiz gororoba

Meio ruim

Mas queissoassim?

Sempre lembro de alguma reportagem na áfrica

É o fim

A última luz apagada na Dunder Mifflin

E a troca de lâmpadas nos postes da rua

Deixou meu quarto mais assim

Engordurando manchas.

CanetaPreta
Enviado por CanetaPreta em 23/11/2021
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