O mundo Bêbado

O mundo está bêbado

Ou será que está sóbrio?

Quem quer ser santo?

Saboreio a vida

A medida do tempo

Como ser mortal

Não desejo a santidade

Divino só arte e poesia

Pelos prazer da carne

Só há mal no excesso

E que mal nesse caso relativo

Mundo porre

Com ressaca e tudo

Que nunca mais tomei

Aos imortais meus cumprimentos

Beijos nas vossas bundas

Com perdão da vulgaridade

As santos me avise quando vê-los

Tô vagando e talvez beba

Me perdoe não quero causar

Parei por aqui

Sou sátiro

Para dançar nos campos

Abençoado sejam os normais

Sem santidade, pseudo moralismo

Maniqueísmo ou segregação

Só viver a vida como eu

Vivo é sobrevivo

E leio o mundo como livro

Na busca apoteótica

A visão é coisa rara

Gessé Cordeiro de Miranda
Enviado por Gessé Cordeiro de Miranda em 23/11/2021
Reeditado em 29/11/2021
Código do texto: T7392544
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