O mundo Bêbado
O mundo está bêbado
Ou será que está sóbrio?
Quem quer ser santo?
Saboreio a vida
A medida do tempo
Como ser mortal
Não desejo a santidade
Divino só arte e poesia
Pelos prazer da carne
Só há mal no excesso
E que mal nesse caso relativo
Mundo porre
Com ressaca e tudo
Que nunca mais tomei
Aos imortais meus cumprimentos
Beijos nas vossas bundas
Com perdão da vulgaridade
As santos me avise quando vê-los
Tô vagando e talvez beba
Me perdoe não quero causar
Parei por aqui
Sou sátiro
Para dançar nos campos
Abençoado sejam os normais
Sem santidade, pseudo moralismo
Maniqueísmo ou segregação
Só viver a vida como eu
Vivo é sobrevivo
E leio o mundo como livro
Na busca apoteótica
A visão é coisa rara