O amor que perdura é uma coisinha insistente

Há um laço que não se desfará

Há algo aqui, que não passou.

E certa estou de que não passará.

Eu recordo os afetos cotidianos,

me instalo na saudade que eles provocam.

Eu ainda choro.

E esse choro manso já se tornou tão habitual, que eu só derramo.

Acordo na noite, só pra chorar.

Eu tô me recuperando, reaprendendo a ser.

Se não é autoengano, acho mesmo que estou.

Me havendo com essa coisinha insistente e insuperável aqui dentro.

Que diz teu nome.

Eu digo que tá tudo bem.

Que vai ficar tudo bem.

Não é de mentira que digo, por mais que eu não saiba nada de como vai ficar, é de otimismo.

É meio que um lance de fé.

Um dizer que é quase prece.

Essa coisinha insistente, latente, lancinante.

Não cansa e nem me dá descanso.

Ela não vai parar de dizer teu nome.

Sei aqui no íntimo.

E eu, bem eu, tô aprendendo a ouvir.

Ouço, escuto e acolho o sentir da coisinha.

Eu também sinto, sinto muito.

E já topei a trabalheira que vai dar viver uma vida a dar respostas de que vai ficar tudo bem.

Em algum momento haverá de ficar!

Mariany Mendes
Enviado por Mariany Mendes em 24/11/2021
Código do texto: T7393160
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