Épico

remonta em época de intrepidez

montanhas cobertas de névoa estendendo-se para o céu,

elevam-se por sobre as colinas revestidas de relva verdejante

por uma floresta virgem adentro,

surgido do nada avulta-se um grande corcel negro,

segue caminho da voragem guerra,

solitário,

montado de seu poderosíssimo garanhão,

que só justo de coração puro

lhe pode tocar e servir-se-á de sua obediência.

Em suas memórias relembra.

Cavaleiros que cavalgaram lado a lado,

deslizando pelos bosques de espadas a reluzir

plumas a esvoaçar com a brisa,

enquanto ao longe lá no horizonte

outra fila de guerreiros

estas aproximam-se tais linhas de peões de xadrez ao encontro uma da outra

o aumentar de tensão,

a cada passo resfolegante dos cavalos deixavam-nos paralisados,

a batalha eclode,

gritos voam com cascos ribombantes

ouve-se o som estridente do metal com o metal,

o baque surdo dos equídeos ombro contra ombro,

a sua presença parecia omnipresente

lutou o melhor que pode,

embora a força se esvazie como sangue da ferida,

já não e páreo para o perverso do seu fado,

facilmente é desarmado,

em vão queda-se o seu olhar amedrontado,

mas desprezando a sua segurança,

atira-se de cabeça para a batalha,

com vigor renovado tenta a mudança da luta,

no desenrolar de sua vida conquistada

mas não há heróis.

Sizamar
Enviado por Sizamar em 28/11/2021
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