Amores Singulares e Perdidos

Por que não encontro mais o teu odor em meu rosto?

Nem tampouco encontro mais teus lábios e teu gosto?

Ainda ontem tuas mãos cuidavam de nossas flores

Neste jardim. Quão efêmeros são todos os amores!

Onde foi que te perdi, meu amor? Onde nos perdemos?

De manhã estavam aqui o teu sorriso e tua cálida voz;

De manhã, teu afago brotava alegria dentro de nós,

E o arco-íris nascia entre quem fomos e o que seremos.

Mas, ao sair da cama, não havia mais teu ser nem tua chama!

Corri pela casa, pela ruas; te procurei por todos os lugares;

Até teus gestos sumiram. O drama de quem perdeu o que ama...

Este drama de quem tanta te ama é uma tragédia que declama

A imensa angústia, beleza e fragilidade que há em todos os lares:

A vontade cega de não querer perder nossos amores singulares.

Gilliard Alves
Enviado por Gilliard Alves em 01/12/2021
Reeditado em 01/12/2021
Código do texto: T7397898
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