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ÁRVORES DE ESPERANÇA

por Juliana S. Valis

 

 

 

Imagine-se dirigindo um carro, sem rumo

 

Na incertas ruas da vida,  sem direção exata,

 

Ou seguindo rotas preestabelecidas

 

Pelo GPS social, há séculos, entre idas e vindas,

 

Em repetidos teatros de aparências,

 

Entre as ilusões do piloto automático,

 

O que acontecerá ?

 

Será que vivemos assim ou sobre(vivemos),

 

Gastando a prazo o que não temos?

 

 

 

Dirigindo do nada, rumo a lugar nenhum,

 

Muitos assim sobrevivem, sem perceberem,

 

E quando olham pelo retrovisor dos anos,

 

Além das estradas, freios e enganos,

 

Além dos meios, sem tantos fins,

 

Além dos fins de anos e planos,

 

Sempre chega a época de enfeitar

 

Árvores de natal e bolas de cristal,

 

Refletindo infinitas esperanças

 

E a nostalgia, talvez alegre, 

 

De quando éramos apenas crianças

 

Esperando presentes de Natal,

 

Entre o presente e o futuro,

 

Quando o passado não existia

 

Sem ponto final...

 

 

 

Mas, de certo modo, ainda somos aquelas crianças,

 

Brincando em carros de plástico, 

 

Em risos de plástico

 

E sonhos de plástico, 

 

Reciclados sempre como presentes

 

Além do passado e futuro, em cada breve natal,

 

O presente, agora, é tudo que temos ?

 

A esperança é tudo que temos,

 

Árvores de esperança, por mais ou por menos,

 

A esperança, eis um grande presente, essa imortal. 

 

 

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