Meu abrigo
Não gosto de praia
Gosto de montanhas enovoadas
De chalés perdidos na mata
De casas assombradas
E do silêncio da vida morta
Gosto de ficar absorta
De reparar em cada gota...
Que se despreende e cai na sombra
Que árvore frondosa lança ao rio
Eu prefiro o frio
O vento fala comigo
Escuto quieto seu ruído...
Que macio me diz:
"A tempestade é teu abrigo".