A MENINA NA JANELA

Ao passarem, todos olhavam

Para aquela janela

Da casa branca e amarela

Nada na rua acontecia

Sem que a menina não soubesse

Dos acontecimentos cotidianos

Cativando quem por ali passava

Tinha lugar cativo na janela

O sino da igreja toca doze baladas

Anunciava o fim do período matutino

Para chegada do período vespertino

Era quando a janela se fechava

Nesse intervalo a menina deitava

Para registrar em seu diário

Os acontecimentos de idas e vindas

Depois de tudo anotado

Ficava olhando o teto do seu quarto

Fechava os olhos num curto sono

Antes de voltar para janela

Os dias da semana, a menina

Desejava que fossem todos domingos

Que o céu tivesse um lindo azul

E as janelas da sua rua fossem abertas

Para conversarem com a dela

Castro Rosas

Castro Rosas
Enviado por Castro Rosas em 06/12/2021
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