Me faça chegar

Não sei se nomeio de vida, esperança

Ou amor, este tal desejo de ubíqua;

Sentinela em perigo, a quem irei avisar?

Este tal de desejo que me faz arruinar;

Sentado aqui neste sofá a escrever,

Penso em ti e em ti penso em você;

Somente mais um no ciclo, ou o ciclo em mim?

Sem propósito tão sublime, ao menos tenho a ti,

Tal desejo que nunca cessa e não há de cessar,

Mesmo com a força da vontade, ela me faz desaguar,

Em esperanças da imaginação, em um sonho de criação;

Crio-me ao escrever, ou escrevo-me ao transparecer

esta saudade que sinto, que sinto de você?

Meu coração é pena, voa com o ar;

Meu sorriso é tímido, como a profundeza do mar.

Te devoro nesta escrita, te escravizo pelo coração;

Te liberto desta vida de pensar com a visão.

A visão nem tudo enxerga e por não enxergar

não se enxerga, nesta dubitante poesia te falo

como quem tanto pensa e só se encontra em ferga.

Reerga-se e me albergue em seu coração;

Faça-me enxergar além da visão, para que, assim,

Possa tornar-me um pensando em ti e tu em mim,

Em ti-me, sentindo-te-me e assim possa chegar

a onde a razão não consegue me levar.

Oaj Oluap
Enviado por Oaj Oluap em 28/12/2021
Reeditado em 28/12/2021
Código do texto: T7416682
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