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antes de sublimar o amor
todos os abismos eram permitidos
o vazio das lágrimas um estertor
num passado de ideais desunidos
antes do amor, caminhar sem sentido
em memórias de amores mortos
eram os tempos do demónio sórdido
dos abraços de Judas encobertos
antes de renascer num porto de abrigo
os olhos esvaziaram a fé necessária
os silêncios sepulcrais do amigo
que desapareceu na voragem temporária