Delírios poéticos
Por fora medos
Por dentro poemas!
Ganha minha alma morfemas.
Por dentro solidão
Por fora abandono;
Ganha a tristeza seu trono.
Elevo meu olhos uma vez mais
Tudo que vejo é teu rubor,
Vejo - moribundo em trajes frios
Vejo teus anseios, minha lira!
E por dentro um sentimento apocalíptico!
Eu num canto me pergunto:
O que será isso?
Os combates por fora: teus delírios.
Somente uma mente ufana!
Abduzida em sua poesia estranha.
Ah, estranho é meu pensar.