Jyeshta

De quantos paraísos fui expulso

Por comer do fruto proibido?

E quantas serpentes me guiaram

Para fora de cada Éden?

Meus sentidos ainda me pedem

Que me perca em olhos claros

Mas já sou coração partido

E fora desse compasso pulso.

Quantas adagas me foram lançadas

De olhares de espelho embaçado?

E quantos guarda-chuvas abertos

Quando eu era densa tempestade?

A quem não domina a vontade,

Às vezes oásis, noutras, deserto,

Não lhe seduzem luzes do passado

Nem curvas de uma longa estrada.

Tom Cafeh
Enviado por Tom Cafeh em 06/01/2022
Reeditado em 07/01/2022
Código do texto: T7423549
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