A montanha

Quando ainda menino

Eu saia para brincar

E no fim do horizonte

Havia uma montanha

Eu, menino, jogava bola

Brincava de faz de conta

Corria atrás das pipas

Tinha meu pião e fieira.

Mas o que me causava

Verdadeiro fascínio era

Sobretudo, no horizonte

Aquela grande montanha.

Eu, menino, não sabia

coisa alguma, não sabia

que saudade dói tanto

que a infância é encanto.

E que a alma tem janelas

E a memória faz a gente sentir

um bocado de coisas que

pensava (eu) dormidas...

O tempo carregou o menino

dele pouco se sabe agora...

A pedreira comeu a montanha

E levou a promessa que fiz.

Talvez, em um sonho desperto

Eu suba aquela velha montanha

E lembre que este homem

Um dia foi aquele menino.

DIEGO RAMOS
Enviado por DIEGO RAMOS em 06/01/2022
Código do texto: T7423558
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