O TEMPO DE KAIRÓS

O tempo de Kairós

O tempo não passa objetivamente no tic tac do relógio.

É na sincronia dos ponteiros

que há um universo de memórias,

de encontros e desencontros,

de reflexões sobre os abismos que vivemos

ou o que a nossa imaginação ilusória cria.

Cada um traz dentro de si o seu próprio tempo.

Não há segredos e nem receitas para usufruir o tempo.

Há de se romper as algemas do tempo e tirar um tempo.

Tempo para apreciar o tempo.

É preciso também de tempo para a compaixão,

para olhar ao redor, olhar para o outro, estender a mão,

acolher e amenizar a dor,

saciar a sede e a fome dos que sofrem.

Não há tempo certo ou tempo errado,

sempre há tempo de ajustar os ponteiros e recomeçar.

Existe, sim, um relógio perdido no labirinto do interior humano,

esperando para ser despertado

e viver intensamente as badaladas do coração.

@janaina.belle

Palavras Líquidas
Enviado por Palavras Líquidas em 12/01/2022
Reeditado em 15/11/2023
Código do texto: T7428110
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