Não sei e nunca soube lhe-dar a vida.
Vida que sobra aos cantos,
Dentre os estímulos e receios,
dos amores, dos recreios,
Lidar sem seus acalantos.
E lidar com muitos e vários,
Entre chegar e partir,
Entre guardar e repartir,
Destruir santuários.
De todas as vidas que levei,
Nunca soube lidar, com nenhuma,
E assim, caminhando, me firmei,
Aprendi a ser o que eu não sei,
Pra viver de forma alguma,
Todas as malditas vidas que lhe-dei.