DESCONHECIDO

Não eram só os meus medos

Que passavam em silêncio.

Eram culpas condenando o que não fiz,

E um medo querendo respostas imediatas

De uma longa espera sem saber o que perguntar.

Então nascia a rosa sem se importar a quem alegraria,

É que nada importa a quem tem o desejo de doar.

Juntei tudo que restava de bom, e, parti para não ter que voltar

Com remorso de não ter buscado as respostas.

Não carrego muito peso, quando parto ao desconhecido

O que ficar no caminho, serão apenas coisas à ficarem.

Um dia certamente nos encontraremos,

Num silêncio sem culpa e numa estrada por onde deixarmos

Tantas emoções e, as respostas que não carregamos,

Para não atrapalhar a tentativa de sermos felizes.

O que reaprendermos no caminho será

Tal qual uma lição que deixamos de carregar

Por não nos importarmos com a necessidade

De um outro que não teve coragem em partir.

Colemar Rios
Enviado por Colemar Rios em 13/01/2022
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