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de tudo o que ficou lá dentro, na solidão imposta

nos amores subtraídos, nas trevas sem caminhar

vieram dores intensas, incapazes de resposta

de frugais fugas, alicerces para alimentar

 

os demónios, os que aqui andam sem querer

saber se há luz possível, um anjo concreto

algo que angustie o nada, sem sequer perceber

que os rituais acalmam, purificam o lado correcto

 

das ventanias que tudo desmancham, amortizando

a solidão, a imposta sensação de nada

que depois esquecemos, com voragem, dedicando

os louvores sem acreditar, uma vida selada

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 18/01/2022
Código do texto: T7432142
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