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de tudo o que ficou lá dentro, na solidão imposta
nos amores subtraídos, nas trevas sem caminhar
vieram dores intensas, incapazes de resposta
de frugais fugas, alicerces para alimentar
os demónios, os que aqui andam sem querer
saber se há luz possível, um anjo concreto
algo que angustie o nada, sem sequer perceber
que os rituais acalmam, purificam o lado correcto
das ventanias que tudo desmancham, amortizando
a solidão, a imposta sensação de nada
que depois esquecemos, com voragem, dedicando
os louvores sem acreditar, uma vida selada