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quando a porta se fecha, não se abre outro mundo

a profícua vontade de fugir, não sobressair

da solidão, acerca-se, os neurónios fogem para o fundo

das trevas nada mais do que trespassar

 

a alma, o amor, a comunhão, esquecidos

do lado de dentro, quando a porta se fecha

e fugir, só dentro de tormentos gemidos

e queres que se abra, uma mera brecha

 

da porta, e para lá toda a vida

do casulo em que te meteste

sem a solidão onde levas a angústia temida

para que passe mais depressa o tempo que reste 

 

 

Manuel Marques
Enviado por Manuel Marques em 18/01/2022
Código do texto: T7432145
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