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quando a porta se fecha, não se abre outro mundo
a profícua vontade de fugir, não sobressair
da solidão, acerca-se, os neurónios fogem para o fundo
das trevas nada mais do que trespassar
a alma, o amor, a comunhão, esquecidos
do lado de dentro, quando a porta se fecha
e fugir, só dentro de tormentos gemidos
e queres que se abra, uma mera brecha
da porta, e para lá toda a vida
do casulo em que te meteste
sem a solidão onde levas a angústia temida
para que passe mais depressa o tempo que reste