Metade Mulher

Invado o teu espaço premente

das sombras escuras, a agrura,

sou só um ser doente

silente e, sem cura;

Do tempo de outrora,

onde carrego um resto de vida,

transporto a dor, de dentro pra fora,

e, não encontro a saida.

A areia que mede o tempo,

a fragilidade do vidro,

não faz meu compasso mais lento,

nem refaz o caminho perdido;

Entranho-me em tua luz assim,

na ânsia de um abrigo perene;

mas, a vida toda tênue,

faz do meu pranto, apenas folhetim...

Lara
Enviado por Lara em 22/03/2005
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