Eis o veredicto amigos, estudemos
Nesta poesia escrevo meu sonho de infância,
Ver um dia o mundo crescer em meio ao amor e a esperança;
Desfaço desta algarrada que só me lança para trás,
Estas gerras de inapditão e sardonismo, tudo que não é compraz.
Mesmo estes versos sendo meus, não são meus aquém do escrever
E mesmo eles sendo teus, são teus no enquanto lês, não mais do
que compreendes e não mais teu que meu; sentado tento ver
na escrivaninha do meu queridíssimo avô, mas nada sinto além de dor.
E enquanto escrevo me desfaço, me desaglutino, me reparo,
Nesta mesma ânsia do inalcançável, de um sonho indizível, inominável,
No futuro me aprazo, me comprazo a um futuro inalienável, inolvidável, inefável.
Do pretérito perfeito ao futuro do pretérito, será que não aprendemos
com os erros indiscretos/indigesto? E quem sabe um dia, cheguemos lá,
nesta mesma ânsia que nos faz afundar, ou será que não estamos a ler bem?
Quem dirá? Quem nos socorrerá de nós mesmos?
Esta renúncia dúbia tão certa de que não somos, és o problema,
Estando nele não somos e se não somos nada fazemos.