Taras

Tecidos de linho podre. Eram teares de areia.

Uma taça de cachaça, vazia, de ira cheia.

Eram pergaminhos novos em cavernas de hoje em dia

Eram manuais de taras, mas lerão por poesias.

Tinham tantas deferências vestidos de hipocrisias.

Naquele dia não veio, o vento varrer as cinzas.

E o sol cego sem luz, tornou-se um anão ranzinza.

De longe um rinoceronte, com dois chifres de marfim

Confundiu-me com mamute, mirou carreira em mim

Crocodilos ladeados eram pontes pro sem fim.

Raul Arantes
Enviado por Raul Arantes em 01/02/2022
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