DESPERTAI
DESPERTAI
Despertai todas as preces,
Despertai o que não mereces.
Despertai pelos labirintos.
Despertai e abrandai os instintos.
Anunciai a nova era,
O novo quinhão de concórdia.
A floresta é grande
E grande são os sonhos.
Despertai todos os risonhos rostos.
Despertai todos os recantos.
Os cantos que alvoroçam
A tristeza das grandes cidades.
Despertai os olhos dormentes.
Os dormentes de trem
Que já partem anunciando o futuro.
Despertai a luz no escuro,
A luz dos teus olhos
Nos ombros das cordilheiras.
As bandeiras que alvoroçam a cidade.
Despertai o evangelho para a felicidade.
Despertai o sorriso de todas as crianças
E todos na maturidade.
Despertai o violino eterno dos céus, tocando
A maviosidade da eternidade nos teus olhos.
FERNANDO MEDEIROS
Campinas, é primavera de 2007.
NOTA:Poema publicado em DE LÍRIOS,
Jornalismo Irracional, número 32,
da cidade de Santos/SP.