ÁGUAS

ÁGUAS

Águas

que brotam do chão

Que nascem nas

fontes da imaginação

Que resvalavam

tranquilas sem direção

Que caem do céu

dando vida ao sertão

Águas,

que nossa sede mata

Que brilham suaves ao

som da cascata

Águas

que movem moinhos

Que banham as penas

dos passarinhos

Que rolam na

face devagarinho.

Águas

que matam sem piedade

Atropelam o mundo

com ferocidade

Inundando o solo

devastando cidades

Águas que passam

Que vêm, e que vão

São águas sem máguas

Que desaguam nos leitos

Da inspiração.

SONIA BRUM

Sonia Brum
Enviado por Sonia Brum em 11/02/2022
Reeditado em 11/02/2022
Código do texto: T7449983
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