Final do réquiem ao nosso amor

Final do réquiem ao nosso amor

Sempre um lado me tem,

precário ou perfeito se faz.

Nem sempre o mesmo alguém

me cura ou saberás

Das férteis cinzas que sinto,

ao fim derradeiro sonhar.

Expurgo a morte em tinto,

na lua bebi o amar

Sombreado de cores sutis,

cheirando bosques da mente.

Como um cão num breve sorrir,

imploro teu gosto ardente

Sem culpa derruba leões,

pequenos cravos, sangrais

A flanco dos nossos grilhões,

suspiros apostos, um cais.

Revolte teu continente,

tenha-me na súplica noite.

Agrada-me novas sementes,

palavras não cabem açoites.

Camper
Enviado por Camper em 21/11/2005
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T74532