A água em fúria

Choveu... choveu muito... choveu dia e noite

A água furiosa não estava para prosa

A água encheu os rios, fez transbordar córregos

Água de chuva e água de rios que chegam em açoite.

 

Choveu. Muita água; terra... lama. Uma mistura que arrasa

Gente de paletó e de pijama. é preciso fugir de casa

A força da água, a insensatez da lama. Água em fúria

É água, é lama, é gente, é tudo no mesmo lago insano.

 

Sem base e sem raiz. Barulho, tudo vira entulho

Casa, árvores, carros, vidas... levados pela correnteza

Tudo tornou-se frágil, a alegria cede espaço à tristeza

Os sons, a música, o riso. .. Sirene. Agora é apenas barulho.

 

Alívio e dor, na cidade, um grande clamor

Mãos que ajudam como prova de amor

Solidariedade é um bem, sentimento que restou

Em meio aos caos, um ao outro ajudou.

 

 

Joyce Lima
Enviado por Joyce Lima em 19/02/2022
Reeditado em 19/02/2022
Código do texto: T7455987
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