POETAS ANÔNIMOS

Tenho gosto pelos poetas anônimos,

Seus versos em sons, rimas,

Espalhados ao chão

Deitados sem troca por pão.

Aldemiras e Alessandras miram sem olhar,

São Alufas, Anas, Andréas

E Angelas dos dias e noites,

Poetas das vivências.

São Antonias, Antônios,

Alguns Arturs sem carreira nem beira.

Beths, Carmens, Cleusas,

Carlas, Carlos e Dilers, mano.

Entre Diógenes, Dreyfts, Edilsons, Ediths,

Ednaides, Eduardos e seus sons e sílabas.

Fátimas, Furlans, Fernandas,

Giselles, Gracias e suas graças.

Hindemburgs, Irans, Isabeis

De Pernambuco, Maceió...

Todos Josés, Kakás, Laras,

Lauritas dos santos e nem tanto...

Leonans, Lizes, Lús,

Lucianas, Lucianos em suas praças.

Lucileias, Lukombos poetas quase anjos,

Talvez serafins,

Luzias e suas luzes

E Marianas das poesias.

Todos Marcelos, Marilices,

Marlins e Mayres sem tamanho,

Melanias, Miras e seus poderes.

Nathercias, Ninas coisas e tal

Com Normas sem normas ou rimas.

Olemas e Paulos em suas venturas e aventuras...

Todas Reginas, Renatas, Richards,

Ritas, Ronnaldos, Roques, Rosanas,

Rosangelas e Roses do rosário em preces e prosas.

Selmas e sua íris

Em meio a arco íris.

Silvanas, Solanges quase colombinas,

Sônias, Steversons ,Tânias,

Veras e suas salvas a todos e tudo.

Vinícius, Vivianes, Wandyres, Werbets,

Zezés de Deus e todos seus anjos e santos.

Por fim, Zinhas das flores, cores

E a outros tantos:

São sinônimos, às vezes antônimos

Apenas poemas em rumores...

Meu respeito aos poetas anônimos

Com as minhas e suas dores.

CARREIRA
Enviado por CARREIRA em 20/02/2022
Código do texto: T7456600
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