Cura

Anseios que habitam em meu ser

Aguardo tua presença suave, ao mesmo tempo voraz,  nessa sede de querer

Sua alma curada, com a minha

arranhada, desfeita, fragmentada

Em plena união, em indissolúvel comunhão.

Falo-te em sinais despropositados,

Calo-me abstraindo todo o medo

Todas as marcas do passado.

Confesso que a tua fala adentra,

Arrebenta-me no peito, rasga o sentido

E redime meu ser ferido

Faço então, do teu amor,

A prece da minha cura,

O prodígio da tua aparição,

A minha sublime absolvição.

Dono do meus anseios

Minha desejada redenção.