SAUDAÇÃO

Quando passo pela rua

quero dizer aos cantos,

ao livre arbítrio da fealdade,

esqueletos das febres,

aos homens que sobrevêm:

- Largue esta Cruz! Vá Viver!

Mas eu digo: - Bom dia!

trovando o ditongo

entre dentes de barricada.

Não há comunhão

no momento que é de

acuidade do que há sob o sol

e meus instintos todos

mundo afora a colher

palavras para um papel

de gesto lívido,

sobreposto de mudez.

www.alfredorossetti.com

ALFREDO ROSSETTI
Enviado por ALFREDO ROSSETTI em 21/11/2007
Código do texto: T746328