Gerando poesia

Poesia é menino teimoso

que grita se é vez de calar

E feito guri, de birra,

silencia ao mandarmos falar.

Faz-nos perder madrugadas

sacrificando o sono.

Ao pé de papéis, canetas...

Não toleram o abandono.

Igual menino inquieto

Leva-me do riso ao pranto

Só sossega se lhe deito

em seu berço, o Recanto.

É progênie, com certeza.

Gerado com igual carinho.

Mesmo não sendo imponente

pra quem faz é "um docinho".

(Sandra Lima Costa Melo)