ETERNO AMOR

Brota qual botão... Raia flor fermosa

Íon celeste... Doira nebulosa

Alvor d'alma... Sol ao luar tolher

Nascente fonte... Molda o mar pujante

Cristal de areia... Límpido diamante

Abrolha a menina... Faz-se mulher

Machuca o peito quando o broto enflora

Extingue em mim crepúsculo d'aurora

Nasce, porém, insólita jornada

Incerto vácuo da eternidade

Nos espirais, escalas liberdade

Amar sem ter-te ao colo agasalhada

Mostrou-se ao mundo em rama florente

Um anjo de brandura, aura luzente

Loura grinalda que matiza a flor

Hera infante, co’alma indulgente

Esmero em coração, divina mente

Rosa frondosa, regada de amor

Em vossas mãos gentil, sublime fado

Tornar sereno, o pranto velado

Etéreo dom que de Galeno extrai

Regracio a corte, onipotente

No âmago, mulher tão iminente

Outrora a menininha do papai

Alto ecoa, ao versar meu pensamento

Mundos cursamos, como folha ao vento

Outras mais virão, rogo ao criador

Refúgio alento, meu infindo amor.

Edson Depieri

www.edsondepieri.com.br

Edson Depieri
Enviado por Edson Depieri em 07/03/2022
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