Serena, a noite.

Serena a noite, plácidos silêncios...

Cores amenizadas e banhadas de luar.

Desejos que se espalham sobre telhados enegrecidos pelo tempo,

Assim como as almas e os serem que os habitam...

Na languidez dessa calmaria, onde o mar adormece,

Apenas um murmúrio se faz ouvir. Seu nome, no quebrar das ondas.

Lamenta a noite, chora o mar sobre a branca areia.

Chora meu coração esta saudade que irá se perpetuar,

Até que o sol desperte e irradie felicidade em forma de luz,

Transformando este tempo de suave sofrer, agora contido na eternidade.

Serena a noite. Sereno seu adormecer. ..

O som do seu respirar se confunde com o som do silêncio.

Preciso sobreviver a este século que me separa de uma nova manhã,

Quando seus olhos despertos façam acontecer um novo alvorecer na minha vida...