ETERNIDADE

O poeta está

condenado à eternidade

dos seus versos.

Quando o pai se for,

os filhos lhe prestarão

as homenagens

na lápide dos olhos

dos leitores.

A boca que

declamar

sua poesia,

exumará,

sua memória,

redimindo

sua estória...

Cada lírio

jogado no túmulo

derramará gotas

do lirismo

e lhe inundará,

oceano

que se estenderá,

abraçará

o continente

com seu (a) mar.

Não há terra capaz

de soterrar

o poeta,

quando

à terra

dedicou seus versos,

e estes fizeram dela

um mais

que infinito universo.

Só há morte,

no esquecimento,

e seus líricos filhos

cuidarão de mantê-lo

insepulto,

na cova aberta do coração da história.

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 14/03/2022
Código do texto: T7472704
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