COMO EM ONDAS

Sem juras de amor a melodia não é doce

Seu refrão é como pendulo

Que diz, desdiz, mas foi- se

É como lua que emborca árduos tragos

Engolindo as estrelas, envolta a manto fado...

Nos esconderijos de sugestivas vontades

Os sentires são cortantes, procriam são majestade

E nas suas idas que partem como foice

Estagnados desatam sangrias do ontem virado.

E até os mais sutis poros, se enchem, viram riachos

Arrastam enxurradas, vazam as margens.

Cá, entre becos que o pareiam e esmaga

O silencio retoma voz, o repente escapa.

Como felinos rugindo exsudando vivacidade,

Noutras ondas maresia, novos acordes rumo cidade.

*Vera Lúcia Bezerra Freitas

Vera Lúcia Bezerra
Enviado por Vera Lúcia Bezerra em 15/03/2022
Código do texto: T7473511
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