CRISE SONORA
CRISE SONORA
Na crise do ideal,
O caso de ser,
Morre para a morte natural.
Os feitos gestuais da amargura,
Deitam-se definidos,
Partindo o cuidado.
Ninguém pode,
Dar-se a ofensas,
Quando há neutralidade nas possibilidades.
Descontadas pelas crenças,
As gerações frias do tédio,
Quantificam as passagens,
Saídas ou localizadas no viver.
O inconsciente assédio do pranto,
Individualiza as horas terríveis,
Do ainda sonoro,
Que não chama.
Sofia Meireles.