CRISE SONORA

CRISE SONORA

Na crise do ideal,

O caso de ser,

Morre para a morte natural.

Os feitos gestuais da amargura,

Deitam-se definidos,

Partindo o cuidado.

Ninguém pode,

Dar-se a ofensas,

Quando há neutralidade nas possibilidades.

Descontadas pelas crenças,

As gerações frias do tédio,

Quantificam as passagens,

Saídas ou localizadas no viver.

O inconsciente assédio do pranto,

Individualiza as horas terríveis,

Do ainda sonoro,

Que não chama.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 20/03/2022
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