Uma chuva, um pensar, um viver.

Suavemente gotas cristalinas caem da beira.

Num dócil orquestrar molham a minha solidão.

São sons de vivos tilintares que molham a eira.

Cheia dos grãos do meu sentir quão, tão e vão.

Qual lágrimas que correm pelo rosto envelhecido,

Regando os vales plicados, pela vida tida e ida.

As cristalinas gota molham o chão do tempo ido.

E no presente vivido refaz o ciclo da nova vida.

Ah! Mundo tão líquido que a alma molha na feição.

De uma ciclicidade que na idade molda o sentir.

Em humorais líquidos que rega ao vivo coração.

Que se mostra na chuva que cai, só por cair....

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 20/03/2022
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