SIMPLICIDADE CARNAL

SIMPLICIDADE CARNAL

Na carne do raciocínio,

Frutificam alternativas,

Que trabalham pela crença.

Físico e diminuto,

O achado melhora,

O abrigo da posse inconsciente.

A vez do abandono,

Humaniza gêneros.

A complexidade, requerida pelo aprendizado,

Dura, mas não custa.

O já estável e disponível,

Muda a intensidade dos significados.

A organização da volta,

Permite a irritação.

Toques estancados poeticamente,

Distraem sonhos amáveis.

Doente e louca,

A criação se confunde,

Com a música da composição.

Beijos pousam,

No caminho das rugas.

As cicatrizes da observação,

Aproximam épocas.

Encarada como nascimento,

A indefinição se individualiza.

O dever do pensamento,

Na mesmice das junções,

Exala o voo.

O avanço, limitado e lavado,

Enfeita o esmagamento.

Furioso, o regresso momentâneo,

Como uma espécie de incômodo,

Diz das esperas.

Os encontros demonstrados pela vida,

Imigram grotescos pela vulgar simplicidade.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 31/03/2022
Código do texto: T7485401
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