ÉBRIO

no copo

um pouco

do corpo,

um sopro

no fundo do poço,

na beira do fosso.

À beira da fossa,

o álcool adoça

para que possa

na ponte elevadiça

subir

a outro

lugar

e depois

quando o efeito

passar

cair

do mesmo jeito

na areia movediça

de um novo bar.

Não há remédio

contra o tédio,

refém da bebida

nessa etílica vida,

uma forma de escapar

do beco sem saída,

o vício que assoma,

no gole que se toma,

no eterno se embriagar.

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Leonardo do Eirado
Enviado por Leonardo do Eirado em 03/04/2022
Código do texto: T7487247
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