É preciso viver sem expectativas...

Manhã de outono...

Saudades do inverno

Lembranças da primavera.

Foi no verão que viu o lixo rolando nos escombros da natureza...

Era uma praça antiga verde e vazia.

Inspirou e expirou...

Invisível tornou-se.

A borboleta, a rua e o pedinte ...

No mesmo banco...

Era uma verdade sem cor, embaixo do pé de figueira

Cruz do passado, falando de uma dor tão estranha!

Qua vagamente o poeta percebeu sua raiz.

Visto que tanto tempo se passou..

O velho ainda sonhando com ar de primavera.

As cores fizeram um argumento profundo.

Refletido no momento passado e em tudo.

Foi num encontro de almas;

Melancolia, tristeza...

E gratidão...

Pelo bem de todos.

A vida há de pulsar!

Ainda que nas ondas do mar.

À terra precisa chegar...

Assim como o corpo necessita do ar...

O sonho precisa de ação.

Nela há de embarcar.

No mundo há de tudo!

Até momentos para vislumbrar...

E na luz do crepúsculo poetizar.

Assim a tristeza romantizar.

Quiçá quiçá...encantar-se...

Ela traçava caminhos, com brilhos e romantismo

As lágrimas chegaram como chuva...

E o percurso desmoronou

Foi assim...o desencontro.

Expectativas falidas...e agora?

Reza gratidão celebrando a existência quando era...

Tudo valeu a pena...quando foi.

Sem gratidão não existirá nada além do ócio.

O abismo do vazio assusta o fulgor da luz de cada dia.

É preciso viver sem expectativas.

Rosilda pinheiro
Enviado por Rosilda pinheiro em 13/04/2022
Reeditado em 20/07/2022
Código do texto: T7494578
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