BRUNA

Em todas as faces de um sol

há sempre um véu a ser descoberto

mesmo morto

mesmo vivo

sempre há algo mais para se fazer

em algum lugar, em meio às brumas

Bruna sorri para voltar a viver

voltar a falar de versos intoleráveis

sem sentido

sem nexo

Bruna existe e foi assim desde o dia do descanso

dia do mundo nascido

dia das palvras não pronunciadas

Noite. Dia.

Sol. Escadas.

E Bruna viu o que o mundo viu e se calou

para não se perder em desencanto.

Valdson Tolentino Filho
Enviado por Valdson Tolentino Filho em 22/11/2005
Código do texto: T74976