Avistei de longe a ternura.

De braços abertos.

À espera da doçura

que sentada estava

na calçada da emoção.

 

O amor prometeu buscá-las

Na praça das sensações.

 

No assento centralizado

Entre camélias, a Flor da fidelidade!

Deram-se as mãos.

Entrelaçadas ficavam fortes.

 

Cumplicidade olhava da janela,

Prisioneira da razão.

Não abriria a porta em vão.

 

O respeito, apesar da timidez,

Pôs-se de pé, ao lado, mudo.

Dignidade sem descuido.

Todavia, discordâncias necessárias.

 

Paixão, eu? Apenas na chegada.

Solo do coração foi arado com confiança.

Leiras prontas pro amor entrar.

 

De repente desponta...

Surpreso, o amor,

Assiste os que o cerca,

Virem ao seu encontro.

 

Mal sabia ele, ingênuo.

Que ao prometer recolher os sentimentos,

Eram eles, que o compilava.

 

E a praça, puramente invadida.

Carecia apenas ser nutrida.

Para driblar o tempo.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mônica Cordeiro
Enviado por Mônica Cordeiro em 22/04/2022
Reeditado em 22/04/2022
Código do texto: T7500586
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