PRO ASTRO QUE ME VIA QUENTE

Vivia em um comum acordo o morador e sua casa.

"Não me perturbe" dizia, as paredes a caminhar.

Até que a luz do sol invade por uma fresta no telhado.

E entrando por ela, o astro passeia distraída em cada cômodo.

E sem perceber vai desarrumando...

Derrubando as panelas, bagunçando os livros, na estante há meses.

Revirando os móveis, já acomodados

e espalhando as roupas que enfeitam o velho sofá.

E enquanto a casa vibra contente,

pelas doses de vida que agora à pisam delicadamente.

O morador, esse teme perder o sossego,

não suporta ver tanto vermelho

e o telhado tenta arrumar.

Alisson Oliveira
Enviado por Alisson Oliveira em 24/04/2022
Código do texto: T7501934
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