ÚTERO DA PÁTRIA.

De tudo a essência.

Do grito, o eco que resvala,

a vontade de dizer o não dito,

que engasga.

Desta voz que interrompeu

a força das palavras.

Do vento, que fez que ventava

no calor das faces.

De tudo que o olho vê de insano,

de profano no útero da pátria.

Pífios passos que dou

na certeza do nada.

Desta vaga ilusão, de ser a visão

que clareia as estradas.

Tombam as forças da bandeira

empunhada.

O coração da pátria ocupado

pelos pés dos tolos, que não

sentem que estão amarrados.

Está esperança que por hora

foge.

E esse grito agarrado que quer

despertar consciências,

morre nos olhares apagados

daqueles que sonham adentrar

um supermercado.

Angelo Dias
Enviado por Angelo Dias em 24/04/2022
Código do texto: T7502182
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